sexta-feira, 18 de janeiro de 2013

A transformação social e a confusão nos papéis familiares

Já fazem alguns anos que me questiono sobre alguns valores que observo que a sociedade contemporânea não acrescenta mais no seu cotidiano.

Valores simples, como um simples bom dia para o senhor que está varrendo a calçada em frente de casa. E valores complexos, também, os quais me deparei em momentos diversos (e pasmem: não só nas escolas, mas em empresas também) como onde é adequado fazer suas necessidades - não no ralo e nem no lixo - EXATAMENTE situações reais em mundos que parecem tão distantes, mas que apresentam características muito parecidas e o mais preocupante apresentam um crescimento e aprimoramento constante da falta desses valores básicos através de atitudes que nos chocam.

Eu já observei, li, participei de debates, assisti diversos especialistas e hoje posso dizer que cheguei a conclusão que isso se deve a transformação social que começamos a viver a partir do momento da "emancipação" da mulher, onde ela se torna parte efetiva da sociedade.

O papel da mulher passou a ser o papel de agente efetivo de tudo, de independência financeira, capacidade de gerir a casa, marido, filhos... E de gênero considerado frágil ela se torna aquela que prova que de frágil não tem absolutamente nada. Mas quando decide ser mãe ela não quer abandonar esse poder conquistado e, normalmente, com muito esforço, afinal as estatísticas comprovam que apesar de sermos maioria como líderes no mercado de trabalho ainda ganhamos 30% menos que os homens, ela sofre por abrir mão de si e das vantagens de ser solteira e sem filhos, talvez por isso as pessoas estejam esperando mais tempo pra se casar e ter filhos.

É aí que entramos na questão principal, quando a mulher se casa, tem filhos e trabalha ela tende (em negrito porque não é o que acontece com todas) a deixar de lado coisas básicas que fazem a diferença na educação e criação dos filhos, coisas simples, que quando essa criança chegar na adolescência precisará aprender em situações constrangedoras, o que a vida vai lhe impor (sem o mesmo carinho que a mãe ensinaria se não tivesse se omitido algumas vezes). Ou pior, essa criança vai agir de uma maneira inadequada, às vezes até sendo rude ou violenta com o próximo.

Entramos em uma outra problemática que pretendo discorrer em um outro momento, pois é muito complexa e, portanto, precisa de um post especial para ser tratada com maiores detalhes que é a questão da transferência dessa responsabilidade da educação básica do ser humano como indivíduo, que deve ser passada através dos valores pelos seus pais, para a escola que precisa escolher entre trabalhar tais questões ou fazer o seu papel que é educar para a vida em sociedade, o que fica muito mais complexo quando não aprendemos a viver como indivíduos.

Enfim, a grande questão que eu quero considerar aqui é que a vida é feita de escolhas e que essas escolhas sempre representam abrir mão (mesmo que seja por um tempo) de algumas coisas. Levo em consideração e respeito muito as mães que deixam seus filhos para poder trabalhar e sustentar a casa, afinal não existe escolha, mas optar por TER um filho ao invés de optar por SER uma mãe é complicado e com certeza vai gerar consequências não muito legais no futuro.

Eu acho que a mulher pode e deve continuar trabalhando, se ela conseguir conciliar as duas coisas, ótimo! Mas deve ter como prioridade a criação e educação básica do seu filho! Isso é possível quando se investe tempos com qualidade ao lado da criança, ter TODOS OS DIAS, o seu momento especial com cada filho, ouvir e perguntar sobre o dia dele e também contar a ele sobre o seu dia, brincar, contar histórias, colocar para dormir toda noite, ou pelo menos passar para dar um beijo, quando estiverem na fase da "aborrecência", eles dizem que não gostam, mas não é verdade, afinal quando pergunto em sala se já agradeceram e falaram pros pais o quanto eles são especiais em suas vidas e no quanto os amam, em 99,9% dos casos eles me respondem que se fizerem isso a resposta é curta e grossa: - Não tenho dinheiro! E quase nunca recebem esse afeto de volta.

Ou seja, assim como muitas mulheres optam por TEREM filhos ao invés de SEREM mães, não é de se estranhar que muitos filhos  acabem aprendendo a TEREM pais ao invés de SEREM FILHOS.

Só pra fechar meu comentário sobre o tema, estava observando uma mãe com seus meninos acho que um de uns 14 anos e outro de uns 9 anos em um café no shopping. O menor a cada frase soltava um quero isso, quero aquilo... O maior falou que ia pegar também um chiclete. A mãe, coitada, parecia não ter muito dinheiro pra comprar tudo o que o menor queria, mas o que me deixou com pena foi a forma com que ela expressou a culpa por não poder DAR aos filhos os itens pedidos, sem perceber que só o que eles realmente queriam era a ATENÇÃO. Tanto que no momento que ela decidiu apertar as bochechas e dar um beijo no menor os pedidos cessaram!

Não sou mãe, mas todos os dias escuto pais me perguntando o que devem fazer com seus filhos, abaixo alguns vídeos muito interessantes que tratam do tema de uma forma ENRIQUECEDORA!

1- A criança em seu mundo. Mário Sérgio Cortela

2 Infância - trata das diferentes fases até a adolescência é muito bom! Acho que está dividido em 7 partes...
 
 


E o que me inspirou a escrever, mesmo eu tendo misturado os assuntos no fim das contas:

 
Beijos queridos!
 
Espero que tenha ficado claro: NADA CONTRA AS MÃES TRABALHAREM, MINHA OJEÇÃO É ELAS TRABALHARES CHEGAR EM CASA CANSADA E DEIXAR  ATENÇÃO AO FILHO PRA DEPOIS...

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